8 out, 2020 | Antonio Martins | Sem comentários

Louvação

Quixadá-Serra-do-Estevão-Dom-Maurício

Sou poeira da terra,
Filho da Serra do Estêvão,
Da Serra de Santo Estêvão,
Do distrito de Dom Maurício,
Oásis de Quixadá.


Oh! Útero bendito que me gestou,
Para mais tarde,
Na maternidade – da cidade,
Sob os cuidados de Jesus, Maria e José,
Quixadá – como berço – me patrear.


Oh! Minha Serra,
Oh! Meu torrão natal,
Pedacinho amado de minha Quixadá,
Que dores e delícias me fez passar,
Esta seria a condição para – em gradação – ao mundo me revelar!


No galope do tempo ligeiro, eternizado em minha infância;
Eu me perdi em mim. Oxalá, eu possa me encontrar em ti:
E assim – em contemplação – seja-me dado cantar-te em prosa e verso;
Como fazem os poetas. Confesso que tentei, tudo em vão;
Nada mais há que dizer de ti, já que tu és a própria poesia!


Por tua gênese, hoje eu sou o que sou,
Mas diante da grandeza que és tu,
Vivo um verdadeiro conflito – um paradoxo – que não consigo dirimir:
Já não sei, se tu habitas em mim.
Ou se sou eu, que habito em ti.


Prof.: ANTÔNIO MARTINS de Almeida Filho. Imortal da
Academia Quixadaense de Letras - AQL - Cadeira 28. Poema
de dezembro/1997, quando o autor deixou o distrito de Dom
Maurício para morar na cidade de Quixadá – Ceará.

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